quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Colégio, uma parte de mim, por Marta Pinha



Não sei dizer se é fácil ou difícil para mim falar sobre o Colégio. Mas dói. Dói no bom sentido porque os anos que aqui passei, foram fantásticos. Dói no mau sentido porque chegou a hora de me despedir.

Lembro-me vagamente dos anos passados no infantário, com a professora Luísa. Lembro-me dos colegas, das brincadeiras simples, próprias de criança. Apesar de serem vagas lembranças, ficou a sensação de felicidade, de diversão dos anos no Jardim de Infância.

As recordações da primária já são mais vivas! Lembro-me dos primeiros conhecimentos obtidos com a professora Emília Soares, das festas no final dos anos e dos passeios. Foram quatro anos maravilhosos, onde conheci pessoas que, ainda hoje, considero grandes amigos.

Os anos que vivi, do 5º ao 9º ano, foram os melhores. Cada ano me ensinou coisas que os dias não chegaram a conhecer, e todos os conhecimentos e amizades forma úteis. Foram nestes anos que experimentei pela primeira vez as verdadeiras amizades, o primeiro amor, as primeiras desilusões… enfim, tudo o que faz parte da adolescência.

O ensino secundário não podia ter sido melhor. Conheci pessoas fantásticas, amizades para toda a vida. Conheci professores que recordarei para sempre, quer pelos conhecimentos que me transmitiram, quer pela amizade que sempre demonstraram para comigo. Foram nestes três anos que alcancei um grau de maturidade elevado, que adquiri valores que irei seguir toda a vida e que me tornei uma pessoa melhor

Só tenho que agradecer ao Colégio. Obrigado por fazeres de mim o que eu sou. Obrigado pelas memórias. Pelos teus ecos, em cada lugar por onde eu passei nesta casa. Pelas lágrimas e pelos sorrisos, pela dor, pela alegria e pelo amor. Obrigado pela infância, pela “escola” que és. Obrigado pelos amigos que partiram, e pelos amigos que ainda estão presentes mas que irão partir também.

És belo. És parte de mim. Sempre o serás. No entanto, chegou a hora de seguir em frente. De criar laços com o presente. Com o mesmo carinho de sempre continuarei a olhar para um passado que estará sempre presente.

O Colégio, a minha segunda casa, por Bruno Cunha



É óbvio que o colégio é a segunda casa de todos os que cá estudam e eu não fujo à regra.

Este Colégio foi e continua a ser para mim um local onde me sinto claramente à vontade para exercitar as minhas vivências e convivências. É aqui que me enfrento com relações, que ganhei valores e que começei a construir um projecto de vida. Estou nesta casa desde os 3 anos.

Passei momentos bons, inesqueciveis. Outros menos bons que dispenso bem da minha memória. Todos os professores que me ensinaram serão sempre bem recordados, tais como os colegas de turma que conheci desde os 3 anos, bem como todos os outros amigos que fiz ao longo destes anos.

O meu percurso pelo Colégio, por Filipe Alves


Entrei para o Colégio no 10º ano; não sabia o que esperar mas com toda a certeza afirmo que não esperava integrar-me tão bem nesta grande família que é o Colégio.

Todos os professores que encontrei aqui, até hoje, expressavam uma atenção e uma preocupação que nunca tinha encontrado noutras escolas. Para mim, isto é que marca a diferença entre o colégio e as outras escolas.

Em suma, gostaria de agradecer a todos (professores, funcionários e colegas) que tornaram estes 3 anos aqui passados tão agradáveis.

Mas quero, sobretudo, agradecer especialmente pela ajuda que me deram para ultrapassar todas as dificuldades.

Entrevista a Rúben Ribeiro


Com que idade ingressaste no Colégio de S. Gonçalo?
RR: Com 5 anos de idade.


Como descreves os anos passados no Colégio de S. Gonçalo, até hoje?
RR: Foram, sem margem para dúvidas, anos marcantes. Jamais me poderei esquecer de uma etapa da minha vida que durou 12 anos! Além disso, ao marcar a minha infância e a minha adolescência, constituiu-se como um alicerce estrutural no meu processo de crescimento (intelectual, sobretudo).


Quais as melhores recordações que reténs até ao dia de hoje do Colégio de S. Gonçalo?
RR: Basicamente, duas coisas: os bons resultados que aqui obtive e os bons amigos (colegas e professores) que encontrei no meu caminho.


Consideras o Colégio de S. Gonçalo diferente das outras escolas? Porquê?
RR: Creio que a principal diferença reside no facto de possuir um cariz cristão e de tentar difundir, pela comunidade educativa, valores religiosos. Trata-se, pois, de uma escola com autonomia pedagógica e um projecto educativo muito próprio.


Consideras a relação professor/aluno boa no Colégio de S. Gonçalo? Porquê?
RR: Penso que a proximidade e até mesmo a amizade entre o aluno e o professor são, de facto, maiores no Colégio, quando comparado com outras instituições de ensino. A meu ver, os professores demonstram, regra geral, preocupação com o aproveitamento dos seus alunos e estes, por seu turno, reconhecem nos professores, regra geral, a tal proximidade e amizade de que falava.


Qual o professor que mais te marcou até agora? Porquê?
RR: Uns mais, outros menos, todos me marcaram um pouco. Porém, no 11º ano, o professor Sílvio Macedo (de Filosofia), com “um outro olhar sobre o mundo”, tornou-se um dos mais importantes professores da minha caminhada colegial. Convém salientar que este é um dos professores que, com todo a sua capacidade reflexiva e todo o seu espírito crítico, mais empenhado se revela em formar os seus alunos no domínio da Ética e em apresentar-lhes os “caminhos” para que estes possam vir a ser, no futuro, verdadeiros Homens, excelentes Pessoas, óptimos Cidadãos, e, claro está, Filósofos à sua maneira!


Em breves palavras, diz-nos o que significa para ti o Colégio de S. Gonçalo.
RR: Para mim, o Colégio de São Gonçalo foi, como já referi, uma marca. Uma marca para o futuro, para a vida. E uma vida com sentido! Será sempre, com toda a certeza, uma escola para mim, pois ainda que não frequente as salas de aula, os recreios, o ginásio, a biblioteca, etc., vou vaguear sempre pelas minhas memórias ou boas recordações, que essas não me deixam jamais…

Entrevista ao Director Pedagógico Professor José Carlos



Há quantos anos está ingressado no Colégio de São Gonçalo?
P.JC: Há quase 40 anos que estou em contacto com o Colégio, uma vez que frequentei o infantário, tendo feito o 1º ciclo no ensino público e depois voltei para cá no 5º ano, onde fui aluno até ao 12º ano. Tirei o curso e voltei para o Colégio para trabalhar como professor.


Com que idade ingressou no Colégio de São Gonçalo e durante quanto tempo estudou/ensinou aqui?
P.JC: Ingressei no Colégio de São Gonçalo com 10 anos, pois não conto com os dois anos no infantário uma vez que os frequentei nas antigas instalações do Colégio.


Sente alguma saudade dos seus tempos de estudante?
P.JC: Saudade não, nostalgia sim. Não tenho saudade do tempo de estudante. Tenho nostalgia de algumas fases, alguns momentos do tempo de estudante, mas não saudade. Há pouco tempo atrás estava o Senhor Director, eu e mais uns colegas que tive de turma, que agora são aqui professores; estávamos a falar do tempo em que éramos estudantes cá, não foi com saudade, foi com nostalgia porque realmente nós éramos todos bons rapazes e boas raparigas, bem comportados e daí a quantidade de coisas que a gente tem para contar tem a sua graça.


Desde o seu tempo de estudante até aos dias de hoje, o Colégio cresceu muito, tanto a nível de instalações como de número de alunos. Descreva-nos essa evolução.
P.JC: Se quiserem ver o colégio como era antes, como cresceu, vão para a beira do parque de estacionamento e ao olharem para o telhado do colégio, as partes mais escuras correspondem às partes mais antigas. O internato, o infantário e a parte de baixo do bloco A, tendo também o primeiro ciclo. Era isto o colégio quando eu vim para cá. Ou seja, estamos a falar de uma população de cerca de 500 alunos, que comparando com os dias de hoje podemos afirmar que teve uma grande evolução, registando agora 2264. No meu tempo de estudante, não havia quaisquer cursos tecnológicos, nem profissionais, havia Letras e Ciências. A preparação em termos culturais, em termos de exigência, conhecimento e rigor, isso fica dos “bancos de escola”.
O nosso recreio e nas aulas, era rapazes de um lado e as raparigas do outro, não havia aquela confiança entre aluno e professor como existe agora, uma vez que o professor era mais frio por assim dizer.


Enquanto professor que disciplinas leccionou?
P.JC: Enquanto professor leccionei Português e Literatura Portuguesa, apenas ao ensino secundário.


Que dificuldades sentiu no seu quotidiano enquanto professor, comparando com os dias de hoje?
P.JC: Eu nunca tive dificuldades enquanto professor. A minha apresentação no primeiro dia era a seguinte: “Meus amigos eu sou o professor mais democrático e mais democrata que vocês vão encontrar em toda a vossa vida, mas daquela porta para dentro quem manda sou eu e sou eu que imponho as regras”. Ao início pode parecer algo violento, mas foi sempre para partir de uma base de bom convívio, respeito e de salutar boa convivência, quer como professor quer como director de turma. Neste momento, há professores aqui no Colégio que já foram meus alunos, que por vezes eram da minha direcção de turma. Os alunos sabiam as regras com que eu me corria, com que eu funcionava e eu conhecia-os a eles, e eles conheciam-me a mim, apesar de ser mais fácil eles conhecerem-me a mim do que eu a eles, mas eu considero que sempre os conheci bem e mantínhamos uma atitude de franqueza e frontalidade, por isso não posso dizer que tive e que tenho dias difíceis, apenas dias mais trabalhosos e até mais penosos, mas sempre os ultrapassei com dedicação e trabalho.


Agora é Director Pedagógico desta instituição. O que o levou à escolha desta profissão?
P.JC: Eu não escolhi, eu fui escolhido, o que são coisas totalmente diferentes. Eu quando fui convidado pelo Sr. Padre Clemente, estava cá há 10 anos, mas 5 anos depois de cá estar o Sr. Padre Clemente ofereceu-me o horário completo como professor, dando só aulas ao ensino secundário. Depois convidou-me para ser director de turma, delegado de disciplina e coordenador de cursos. Fiquei 5 anos a exercer estes cargos e no fim desses 5 anos fui convidado para Director Pedagógico. Penso que fui escolhido para esta função, pelo facto de o Sr. Padre Clemente ter atingido os 70 anos de idade, que por lei não poderia continuar a exercer a função de Director Pedagógico, achando que eu era a pessoa mais certa para o cargo, pelos meus ideais, pelas minhas ideias e pelo trabalho que até então tinha desenvolvido. O facto de eu ser bastante estudioso na matéria de administração educacional e por o Sr. Padre Clemente o saber, penso que ajudou. Fiz percurso de investigação em Espanha, e no Minho, agora parei um pouco mas estou à porta de concluir o doutoramento na área da administração educacional. Creio que por aí ele me tenha escolhido.


Há quanto tempo exerce a função de Director Pedagógico?
P.JC: Estou no cargo de Director Pedagógico há 10 anos integralmente, a caminho do 11º ano.


Pode explicar-nos quais as funções que desempenha no Colégio de São Gonçalo?
P.JC: Eu faço de tudo, desde a representação institucional ao exercício diário das funções. O habitual, entre a substituição de professores, a gestão da agenda diária, atender quem vem cá, atender os pais dos alunos, marcar reuniões, tratar de preparar as avaliações, tudo aquilo que tem a ver com provas de aferição passa por mim, embora tenha também assessores, o tratar de problemas de alunos, professores, directores de turma… Tudo isto são coisas que faço habitualmente.


Sente-se realizado com o que tem feito ao serviço do Colégio de São Gonçalo?
P.JC: É o meu posto de trabalho e tem sido um trabalho desafiador. Quando fazemos algo por gosto, como é o meu caso, eu estou na área da administração por gosto, não cansamos, por isso posso afirmar que me sinto realizado com o que tenho feito nesta instituição.


Considera que o Colégio de São Gonçalo foi importante na construção do seu ser?
P.JC: Claro, em todos os aspectos. Foi importante no inicio na questão dos valores, na questão da preparação para a vida, na questão da preparação para o mundo de trabalho e na preparação para ingressar na vida activa.


Recorde um episódio que o marcou até hoje desde que está ligado ao Colégio de São Gonçalo.
P.JC: No passado recente, o episódio que mais me marcou foi sem dúvida a festa dos 75 anos do Colégio de São Gonçalo. Acho que foi um momento bonito quer da escola, quer meu enquanto professor e Director Pedagógico. Num passado mais longínquo, não tem muito a ver com o Colégio, tem mais a ver com o que se passou, aquando do 25 de Abril de 1974, a contestação aqui à porta do Colégio, e o modo como os alunos mais velhos se comportaram/defenderam.


Gostaríamos que deixasse uma mensagem para os alunos desta instituição.
P.JC: A mensagem que eu posso deixar aos alunos do Colégio é que vocês devem tentar fazer sempre mais e melhor. Não é uma questão de “vamos fazer pelo Colégio”, mas é uma questão de “vamos fazer pelo Colégio mas sobretudo vamos fazer por nós”, porque se vocês fizerem por vós o Colégio ganha naturalmente. Tentar dar o máximo sempre, que é aquilo que eu faço. Há dias que custa, mas se nós formos capazes de dar o melhor de nós onde estamos, eu acho que naturalmente as coisas serão menos penosas e o sucesso é mais evidente.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevista a Filipa Freitas



Com que idade ingressou no Colégio de S.Gonçalo?

FF: Ingressei no Colégio com 6 anos.


Como descreves os anos passados no Colégio, até hoje?
FF: Foram anos gratificantes, que me ajudaram a crescer tanto como pessoa, como intelectualmente. A socialização obtida ajudou-me a sentir mais à vontade e a enfrentar o mundo de melhor forma.


Quais as melhores recordações que reténs até ao dia de hoje do Colégio de S.Gonçalo?
FF: As melhores recordações que retenho do Colégio, são do meu 9º ano, quando sabia o que queria e tinha objectivos fixos do futuro.


Consideras o Colégio de S. Gonçalo diferente das outras esclas? Porquê?
FF: Sim, começando por ser um Colégio privado que suporta cursos tecnológicos, o que é bom pois permite a interecção e a convivência com pessoas com objectivos diferentes, permitindo mais tarde uma melhor vivência na Universidade. Também pelo facto de aqui existirem professores que se preocupam com os alunos e os ajudam a chegar aos objectivos que pretendem.


Consideras as relações professor/aluno boas no Colégio de S. Gonçalo? Porquê?
FF: Acho que as relações professor/aluno são boas e satisfatórias. Os professores preocupam-se com os alunos e ajudam-nos sempre que podem e com o que podem. Não só a relação na sala de aula mas também a relação pessoal que estabelecem, estimula e incentiva os alunos.


Qual o professor(a) que mais te marcou até agora? Porquê?
FF: Até agora tive muitos professores, mas sem dúvida, a professora que mais me marcou foi a professora Rosa Maria Fonseca. Mais do que professora, foi amiga. Ajudou-me quando precisei e fez-me crescer como pessoa. Para além disso, sempre foi uma óptima professora, disposta a esclarecer dúvidas e prestável. A ela devo o meu gosto pela História.


Em breves palavras, diz-nos o que significa para ti o Colégio de S. Gonçalo.
FF: O Colégio, para mim, significa um período gratificante da minha vida.