Depois de alguma reflexão cheguei à conclusão que o mesmo seria falar da minha casa, do meu habitat. De facto o Colégio de S. Gonçalo tem sido a minha casa. Passo mais tempo na nossa escola do que em qualquer outra parte. É como uma família. Maior do que a família biológica, claro, mas também feita de laços. Laços de amizade, companheirismo, cumplicidade com os meus pares. Como em qualquer casa há regras, valores, atitudes, comportamentos, os quais me cumpre cumprir e defender.
E há o monsenhor Clemente, padre, que também quer dizer pai, que tem sido um pai para mim e, penso, que para tantos outros, cuja autoridade, não imposta, foi conquistada, pelo seu exemplo, pelo seu talento, carisma, perseverança, humildade mas, acima de tudo, de amor, pela escola e pelos outros. Todos nós que diariamente nos encontramos nesta casa para partilhar de um projecto educativo no qual realmente acreditamos e defendemos sentimos a sua indelével presença como o homem do leme. Como deve estar feliz com a casa que construiu.
O Colégio fez-me como pessoa. Fui aluno durante quatro anos e depois abandonei o lar para ir estudar na faculdade de economia do Porto, mas voltei para poder exercer a profissão mais bonita do mundo, professor. Ser professor é orientar, conduzir, acompanhar, professar, é deixar a nossa marca nas gerações, contribuir para que outros se tornem pessoas, em todos as dimensões e com a mais-valia de fazer um amigo em cada um deles.
Acho que disse o principal acerca do que é o Colégio para mim, mas, fiquem a saber que a cada pulsar dos dedos no teclado fica a sensação de ainda não ter dito tudo.
Rui Canossa
O COLÉGIO É , SEM DÚVIDA ALGUMA, A NOSSA CASA.Casa que tem um projecto em que acreditamos.Nestes tempos incertos,importa continuar,contra ventos e marés...bem hajas.
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