quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Colégio, uma parte de mim, por Marta Pinha



Não sei dizer se é fácil ou difícil para mim falar sobre o Colégio. Mas dói. Dói no bom sentido porque os anos que aqui passei, foram fantásticos. Dói no mau sentido porque chegou a hora de me despedir.

Lembro-me vagamente dos anos passados no infantário, com a professora Luísa. Lembro-me dos colegas, das brincadeiras simples, próprias de criança. Apesar de serem vagas lembranças, ficou a sensação de felicidade, de diversão dos anos no Jardim de Infância.

As recordações da primária já são mais vivas! Lembro-me dos primeiros conhecimentos obtidos com a professora Emília Soares, das festas no final dos anos e dos passeios. Foram quatro anos maravilhosos, onde conheci pessoas que, ainda hoje, considero grandes amigos.

Os anos que vivi, do 5º ao 9º ano, foram os melhores. Cada ano me ensinou coisas que os dias não chegaram a conhecer, e todos os conhecimentos e amizades forma úteis. Foram nestes anos que experimentei pela primeira vez as verdadeiras amizades, o primeiro amor, as primeiras desilusões… enfim, tudo o que faz parte da adolescência.

O ensino secundário não podia ter sido melhor. Conheci pessoas fantásticas, amizades para toda a vida. Conheci professores que recordarei para sempre, quer pelos conhecimentos que me transmitiram, quer pela amizade que sempre demonstraram para comigo. Foram nestes três anos que alcancei um grau de maturidade elevado, que adquiri valores que irei seguir toda a vida e que me tornei uma pessoa melhor

Só tenho que agradecer ao Colégio. Obrigado por fazeres de mim o que eu sou. Obrigado pelas memórias. Pelos teus ecos, em cada lugar por onde eu passei nesta casa. Pelas lágrimas e pelos sorrisos, pela dor, pela alegria e pelo amor. Obrigado pela infância, pela “escola” que és. Obrigado pelos amigos que partiram, e pelos amigos que ainda estão presentes mas que irão partir também.

És belo. És parte de mim. Sempre o serás. No entanto, chegou a hora de seguir em frente. De criar laços com o presente. Com o mesmo carinho de sempre continuarei a olhar para um passado que estará sempre presente.

O Colégio, a minha segunda casa, por Bruno Cunha



É óbvio que o colégio é a segunda casa de todos os que cá estudam e eu não fujo à regra.

Este Colégio foi e continua a ser para mim um local onde me sinto claramente à vontade para exercitar as minhas vivências e convivências. É aqui que me enfrento com relações, que ganhei valores e que começei a construir um projecto de vida. Estou nesta casa desde os 3 anos.

Passei momentos bons, inesqueciveis. Outros menos bons que dispenso bem da minha memória. Todos os professores que me ensinaram serão sempre bem recordados, tais como os colegas de turma que conheci desde os 3 anos, bem como todos os outros amigos que fiz ao longo destes anos.

O meu percurso pelo Colégio, por Filipe Alves


Entrei para o Colégio no 10º ano; não sabia o que esperar mas com toda a certeza afirmo que não esperava integrar-me tão bem nesta grande família que é o Colégio.

Todos os professores que encontrei aqui, até hoje, expressavam uma atenção e uma preocupação que nunca tinha encontrado noutras escolas. Para mim, isto é que marca a diferença entre o colégio e as outras escolas.

Em suma, gostaria de agradecer a todos (professores, funcionários e colegas) que tornaram estes 3 anos aqui passados tão agradáveis.

Mas quero, sobretudo, agradecer especialmente pela ajuda que me deram para ultrapassar todas as dificuldades.

Entrevista a Rúben Ribeiro


Com que idade ingressaste no Colégio de S. Gonçalo?
RR: Com 5 anos de idade.


Como descreves os anos passados no Colégio de S. Gonçalo, até hoje?
RR: Foram, sem margem para dúvidas, anos marcantes. Jamais me poderei esquecer de uma etapa da minha vida que durou 12 anos! Além disso, ao marcar a minha infância e a minha adolescência, constituiu-se como um alicerce estrutural no meu processo de crescimento (intelectual, sobretudo).


Quais as melhores recordações que reténs até ao dia de hoje do Colégio de S. Gonçalo?
RR: Basicamente, duas coisas: os bons resultados que aqui obtive e os bons amigos (colegas e professores) que encontrei no meu caminho.


Consideras o Colégio de S. Gonçalo diferente das outras escolas? Porquê?
RR: Creio que a principal diferença reside no facto de possuir um cariz cristão e de tentar difundir, pela comunidade educativa, valores religiosos. Trata-se, pois, de uma escola com autonomia pedagógica e um projecto educativo muito próprio.


Consideras a relação professor/aluno boa no Colégio de S. Gonçalo? Porquê?
RR: Penso que a proximidade e até mesmo a amizade entre o aluno e o professor são, de facto, maiores no Colégio, quando comparado com outras instituições de ensino. A meu ver, os professores demonstram, regra geral, preocupação com o aproveitamento dos seus alunos e estes, por seu turno, reconhecem nos professores, regra geral, a tal proximidade e amizade de que falava.


Qual o professor que mais te marcou até agora? Porquê?
RR: Uns mais, outros menos, todos me marcaram um pouco. Porém, no 11º ano, o professor Sílvio Macedo (de Filosofia), com “um outro olhar sobre o mundo”, tornou-se um dos mais importantes professores da minha caminhada colegial. Convém salientar que este é um dos professores que, com todo a sua capacidade reflexiva e todo o seu espírito crítico, mais empenhado se revela em formar os seus alunos no domínio da Ética e em apresentar-lhes os “caminhos” para que estes possam vir a ser, no futuro, verdadeiros Homens, excelentes Pessoas, óptimos Cidadãos, e, claro está, Filósofos à sua maneira!


Em breves palavras, diz-nos o que significa para ti o Colégio de S. Gonçalo.
RR: Para mim, o Colégio de São Gonçalo foi, como já referi, uma marca. Uma marca para o futuro, para a vida. E uma vida com sentido! Será sempre, com toda a certeza, uma escola para mim, pois ainda que não frequente as salas de aula, os recreios, o ginásio, a biblioteca, etc., vou vaguear sempre pelas minhas memórias ou boas recordações, que essas não me deixam jamais…

Entrevista ao Director Pedagógico Professor José Carlos



Há quantos anos está ingressado no Colégio de São Gonçalo?
P.JC: Há quase 40 anos que estou em contacto com o Colégio, uma vez que frequentei o infantário, tendo feito o 1º ciclo no ensino público e depois voltei para cá no 5º ano, onde fui aluno até ao 12º ano. Tirei o curso e voltei para o Colégio para trabalhar como professor.


Com que idade ingressou no Colégio de São Gonçalo e durante quanto tempo estudou/ensinou aqui?
P.JC: Ingressei no Colégio de São Gonçalo com 10 anos, pois não conto com os dois anos no infantário uma vez que os frequentei nas antigas instalações do Colégio.


Sente alguma saudade dos seus tempos de estudante?
P.JC: Saudade não, nostalgia sim. Não tenho saudade do tempo de estudante. Tenho nostalgia de algumas fases, alguns momentos do tempo de estudante, mas não saudade. Há pouco tempo atrás estava o Senhor Director, eu e mais uns colegas que tive de turma, que agora são aqui professores; estávamos a falar do tempo em que éramos estudantes cá, não foi com saudade, foi com nostalgia porque realmente nós éramos todos bons rapazes e boas raparigas, bem comportados e daí a quantidade de coisas que a gente tem para contar tem a sua graça.


Desde o seu tempo de estudante até aos dias de hoje, o Colégio cresceu muito, tanto a nível de instalações como de número de alunos. Descreva-nos essa evolução.
P.JC: Se quiserem ver o colégio como era antes, como cresceu, vão para a beira do parque de estacionamento e ao olharem para o telhado do colégio, as partes mais escuras correspondem às partes mais antigas. O internato, o infantário e a parte de baixo do bloco A, tendo também o primeiro ciclo. Era isto o colégio quando eu vim para cá. Ou seja, estamos a falar de uma população de cerca de 500 alunos, que comparando com os dias de hoje podemos afirmar que teve uma grande evolução, registando agora 2264. No meu tempo de estudante, não havia quaisquer cursos tecnológicos, nem profissionais, havia Letras e Ciências. A preparação em termos culturais, em termos de exigência, conhecimento e rigor, isso fica dos “bancos de escola”.
O nosso recreio e nas aulas, era rapazes de um lado e as raparigas do outro, não havia aquela confiança entre aluno e professor como existe agora, uma vez que o professor era mais frio por assim dizer.


Enquanto professor que disciplinas leccionou?
P.JC: Enquanto professor leccionei Português e Literatura Portuguesa, apenas ao ensino secundário.


Que dificuldades sentiu no seu quotidiano enquanto professor, comparando com os dias de hoje?
P.JC: Eu nunca tive dificuldades enquanto professor. A minha apresentação no primeiro dia era a seguinte: “Meus amigos eu sou o professor mais democrático e mais democrata que vocês vão encontrar em toda a vossa vida, mas daquela porta para dentro quem manda sou eu e sou eu que imponho as regras”. Ao início pode parecer algo violento, mas foi sempre para partir de uma base de bom convívio, respeito e de salutar boa convivência, quer como professor quer como director de turma. Neste momento, há professores aqui no Colégio que já foram meus alunos, que por vezes eram da minha direcção de turma. Os alunos sabiam as regras com que eu me corria, com que eu funcionava e eu conhecia-os a eles, e eles conheciam-me a mim, apesar de ser mais fácil eles conhecerem-me a mim do que eu a eles, mas eu considero que sempre os conheci bem e mantínhamos uma atitude de franqueza e frontalidade, por isso não posso dizer que tive e que tenho dias difíceis, apenas dias mais trabalhosos e até mais penosos, mas sempre os ultrapassei com dedicação e trabalho.


Agora é Director Pedagógico desta instituição. O que o levou à escolha desta profissão?
P.JC: Eu não escolhi, eu fui escolhido, o que são coisas totalmente diferentes. Eu quando fui convidado pelo Sr. Padre Clemente, estava cá há 10 anos, mas 5 anos depois de cá estar o Sr. Padre Clemente ofereceu-me o horário completo como professor, dando só aulas ao ensino secundário. Depois convidou-me para ser director de turma, delegado de disciplina e coordenador de cursos. Fiquei 5 anos a exercer estes cargos e no fim desses 5 anos fui convidado para Director Pedagógico. Penso que fui escolhido para esta função, pelo facto de o Sr. Padre Clemente ter atingido os 70 anos de idade, que por lei não poderia continuar a exercer a função de Director Pedagógico, achando que eu era a pessoa mais certa para o cargo, pelos meus ideais, pelas minhas ideias e pelo trabalho que até então tinha desenvolvido. O facto de eu ser bastante estudioso na matéria de administração educacional e por o Sr. Padre Clemente o saber, penso que ajudou. Fiz percurso de investigação em Espanha, e no Minho, agora parei um pouco mas estou à porta de concluir o doutoramento na área da administração educacional. Creio que por aí ele me tenha escolhido.


Há quanto tempo exerce a função de Director Pedagógico?
P.JC: Estou no cargo de Director Pedagógico há 10 anos integralmente, a caminho do 11º ano.


Pode explicar-nos quais as funções que desempenha no Colégio de São Gonçalo?
P.JC: Eu faço de tudo, desde a representação institucional ao exercício diário das funções. O habitual, entre a substituição de professores, a gestão da agenda diária, atender quem vem cá, atender os pais dos alunos, marcar reuniões, tratar de preparar as avaliações, tudo aquilo que tem a ver com provas de aferição passa por mim, embora tenha também assessores, o tratar de problemas de alunos, professores, directores de turma… Tudo isto são coisas que faço habitualmente.


Sente-se realizado com o que tem feito ao serviço do Colégio de São Gonçalo?
P.JC: É o meu posto de trabalho e tem sido um trabalho desafiador. Quando fazemos algo por gosto, como é o meu caso, eu estou na área da administração por gosto, não cansamos, por isso posso afirmar que me sinto realizado com o que tenho feito nesta instituição.


Considera que o Colégio de São Gonçalo foi importante na construção do seu ser?
P.JC: Claro, em todos os aspectos. Foi importante no inicio na questão dos valores, na questão da preparação para a vida, na questão da preparação para o mundo de trabalho e na preparação para ingressar na vida activa.


Recorde um episódio que o marcou até hoje desde que está ligado ao Colégio de São Gonçalo.
P.JC: No passado recente, o episódio que mais me marcou foi sem dúvida a festa dos 75 anos do Colégio de São Gonçalo. Acho que foi um momento bonito quer da escola, quer meu enquanto professor e Director Pedagógico. Num passado mais longínquo, não tem muito a ver com o Colégio, tem mais a ver com o que se passou, aquando do 25 de Abril de 1974, a contestação aqui à porta do Colégio, e o modo como os alunos mais velhos se comportaram/defenderam.


Gostaríamos que deixasse uma mensagem para os alunos desta instituição.
P.JC: A mensagem que eu posso deixar aos alunos do Colégio é que vocês devem tentar fazer sempre mais e melhor. Não é uma questão de “vamos fazer pelo Colégio”, mas é uma questão de “vamos fazer pelo Colégio mas sobretudo vamos fazer por nós”, porque se vocês fizerem por vós o Colégio ganha naturalmente. Tentar dar o máximo sempre, que é aquilo que eu faço. Há dias que custa, mas se nós formos capazes de dar o melhor de nós onde estamos, eu acho que naturalmente as coisas serão menos penosas e o sucesso é mais evidente.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevista a Filipa Freitas



Com que idade ingressou no Colégio de S.Gonçalo?

FF: Ingressei no Colégio com 6 anos.


Como descreves os anos passados no Colégio, até hoje?
FF: Foram anos gratificantes, que me ajudaram a crescer tanto como pessoa, como intelectualmente. A socialização obtida ajudou-me a sentir mais à vontade e a enfrentar o mundo de melhor forma.


Quais as melhores recordações que reténs até ao dia de hoje do Colégio de S.Gonçalo?
FF: As melhores recordações que retenho do Colégio, são do meu 9º ano, quando sabia o que queria e tinha objectivos fixos do futuro.


Consideras o Colégio de S. Gonçalo diferente das outras esclas? Porquê?
FF: Sim, começando por ser um Colégio privado que suporta cursos tecnológicos, o que é bom pois permite a interecção e a convivência com pessoas com objectivos diferentes, permitindo mais tarde uma melhor vivência na Universidade. Também pelo facto de aqui existirem professores que se preocupam com os alunos e os ajudam a chegar aos objectivos que pretendem.


Consideras as relações professor/aluno boas no Colégio de S. Gonçalo? Porquê?
FF: Acho que as relações professor/aluno são boas e satisfatórias. Os professores preocupam-se com os alunos e ajudam-nos sempre que podem e com o que podem. Não só a relação na sala de aula mas também a relação pessoal que estabelecem, estimula e incentiva os alunos.


Qual o professor(a) que mais te marcou até agora? Porquê?
FF: Até agora tive muitos professores, mas sem dúvida, a professora que mais me marcou foi a professora Rosa Maria Fonseca. Mais do que professora, foi amiga. Ajudou-me quando precisei e fez-me crescer como pessoa. Para além disso, sempre foi uma óptima professora, disposta a esclarecer dúvidas e prestável. A ela devo o meu gosto pela História.


Em breves palavras, diz-nos o que significa para ti o Colégio de S. Gonçalo.
FF: O Colégio, para mim, significa um período gratificante da minha vida.

domingo, 23 de maio de 2010

O que o Colégio significa para ti?





"O Colégio, para mim." pelo Professor Rui Canossa


Depois de alguma reflexão cheguei à conclusão que o mesmo seria falar da minha casa, do meu habitat. De facto o Colégio de S. Gonçalo tem sido a minha casa. Passo mais tempo na nossa escola do que em qualquer outra parte. É como uma família. Maior do que a família biológica, claro, mas também feita de laços. Laços de amizade, companheirismo, cumplicidade com os meus pares. Como em qualquer casa há regras, valores, atitudes, comportamentos, os quais me cumpre cumprir e defender.

E há o monsenhor Clemente, padre, que também quer dizer pai, que tem sido um pai para mim e, penso, que para tantos outros, cuja autoridade, não imposta, foi conquistada, pelo seu exemplo, pelo seu talento, carisma, perseverança, humildade mas, acima de tudo, de amor, pela escola e pelos outros. Todos nós que diariamente nos encontramos nesta casa para partilhar de um projecto educativo no qual realmente acreditamos e defendemos sentimos a sua indelével presença como o homem do leme. Como deve estar feliz com a casa que construiu.

O Colégio fez-me como pessoa. Fui aluno durante quatro anos e depois abandonei o lar para ir estudar na faculdade de economia do Porto, mas voltei para poder exercer a profissão mais bonita do mundo, professor. Ser professor é orientar, conduzir, acompanhar, professar, é deixar a nossa marca nas gerações, contribuir para que outros se tornem pessoas, em todos as dimensões e com a mais-valia de fazer um amigo em cada um deles.

Acho que disse o principal acerca do que é o Colégio para mim, mas, fiquem a saber que a cada pulsar dos dedos no teclado fica a sensação de ainda não ter dito tudo.
 
Rui Canossa

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Entrevista a Dra. Margarida Pinto


Durante quantos anos esteve ligada ao Colégio?
MP: Estive ligada ao Colégio de S. Gonçalo, sete anos como aluna e cerca de três anos como professora.


Enquanto aluna, quais os aspectos positivos e negativos do seu percurso no Colégio de S. Gonçalo? E enquanto professora?
MP: Fui aluna interna do Colégio na década de setenta/oitenta. Estamos a falar de uma altura onde tudo era um “bocadinho” diferente do que é agora. Por isso, falar hoje em aspectos positivos e negativos não é fácil nem faz sentido sem nos abstrairmos do tempo actual. Hoje há mais informação, abertura, cumplicidade e companheirismo saudável entre aluno/professor, comparativamente ao meu tempo. Os alunos hoje convivem, conversam e circulam no recreio e nos corredores do Colégio de uma forma perfeitamente normal, comparativamente com o meu tempo (onde os rapazes saíam por uma porta para um recreio e as raparigas por uma outra porta e para outro recreio).


Que diferenças encontra entre o ambiente do Colégio do seu tempo de estudante e o do seu tempo de professora?
MP: Fui professora no Colégio entre 1986 e 1990. Neste período o ambiente que encontrei já era diferente do meu de estudante, mas também era diferente daquele que se vive agora. Falar de diferenças não faz sentido, estamos a comparar épocas diferentes.
A evolução do ambiente vivido faz parte das nossas vidas, irá fazer parte das vossas!
A grande diferença é, sem dúvida, a cumplicidade saudável que existe entre os alunos, entre aluno/professor/director, que permite que o intercâmbio seja muito mais do que a simples transmissão de conhecimentos mas também de vivências, de experiências, de companheirismo e até de amizade e nisso vocês são uns privilegiados!


Considera que as aprendizagens obtidas no Colégio foram cruciais para o seu sucesso na sua vida profissional? Porque?
MP: Sem dúvida que sim, estudávamos muito, líamos muito, os nossos trabalhos eram baseados em pesquisa nos livros, porque não tínhamos acesso à informação com a facilidade que vocês têm, isso permitia-nos desenvolver raciocínios, cálculos mentais… que de certa forma foram nos ajudando a percorrer o nosso caminho.


Em que medida os anos vividos no Colégio (como aluna e professora) foram importantes na sua formação pessoa e como influenciam a sua vida actual?
MP: As regras, o grau de exigência, o respeito e a responsabilidade que nos são transmitidos faz-nos crescer como pessoas e são armas que utilizamos todos os dias na nossa vida pessoas e profissional.


Sabemos que colocou os seus educandos a estudar nesta instituição. Porque razões o fez?
MP: Porque o Colégio era e é para mim uma referência como instituição com princípios e valores que considero importantes complementos à educação.


Descreva uma situação que tenha sido marcante durante o seu percurso como aluna e outra enquanto professora.
MP: Como aluna interna que era, foi sem dúvida o dia em que as aulas acabaram, mandaram-nos para o estudo e como não víamos televisão nem ouvíamos rádio só no dia seguinte é que soubemos, pelos alunos externos, que tinha havido uma revolução, o 25 de Abril de 1974.
Como professora, talvez o dia em que comuniquei ao Sr. Padre Clemente que ia sair do Colégio a meio de um ano lectivo.


Por fim, o que diria aos pais que estão indecisos entre colocar ou não os seus filhos no Colégio? Aconselharia esta instituição ou não? Porquê?
MP: Não sei. Penso que é uma escolha dos pais. No público ou no privado, temos bons educadores, temos bons alunos. O importante é que estejamos atentos aos nossos filhos, estejamos presentes quando eles precisam, que nos desloquemos à escola quando necessário e que juntamente com a escola transmitamos conhecimentos e valores essenciais à sua formação.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Entrevista a Margarida Coelho



Nós, alunos do 12º ano do curso de Línguas e Humanidades, no âmbito da Área Curricular Não Disciplinar de Área de Projecto, decidimos realizar esta entrevista com o objectivo de analisar a opinião de alguns alunos do Colégio de S.Gonçalo sobre esta instituição.

Com que idade ingressou no Colégio de S.Gonçalo?
MC: Com 3 anos.

Como descreves os anos passados no Colégio, até hoje?
MC: O colégio tornou-se a minha segunda casa desde cedo. Como tal, só poderei descreve-lo como sendo um lar muito familiar a que me habituei. Durante 14 anos, foi o meu lugar de êxitos e de importantes aprendizagens. Todas as pessoas que partilharam comigo esta (grande) experiência são uma família, incluindo professores e colegas. Foram eles que contribuíram para a minha formação enquanto pessoa no colégio e, claro, é com muito aconchego que o refiro.

Quais as melhores recordações que reténs até ao dia de hoje do Colégio de S.Gonçalo?
MC: Recordo com toda a clareza os teatros que realizei juntamente com os meus colegas durante o 2º e 3º ciclo, com a coordenação da Professora Rosa Maria. Toda a elaboração destes mini-projectos foi muito divertida e as peças teatrais eram sempre bem aplaudidas. É claro que também não esquecerei estes três anos do secundário. Este último ano será sempre um ponto importante de viragem e um novo ponto de partida e, como tal, pretendo que se torne inesquecível.

Consideras o Colégio de S. Gonçalo diferente das outras esclas? Porquê?
MC: Sim, considero. Sou um pouco suspeita para responder a esta questão, até porque nunca estudei noutra escola. Mas pela minha vivência e pelo que posso observar, vejo que o Colégio, como católico que é, dá uma formação inserida nos valores cristãos e, além disso, prima pelo rigor e sucesso.

Consideras as relações professor/aluno boas no Colégio de S. Gonçalo? Porquê?
MC: Sim, considero. Durante 14 anos, pude observar as relações de amizade que se construíram no colégio e, com muito agrado, pude também eu estabelecer ligações importantes com professores que pelo meu trajecto passaram.

Qual o professor(a) que mais te marcou até agora? Porquê?
MC: Cada professor deixou a sua marca em mim. Mas é impossível não referir a Professora Rosa Maria, que desde o 5º ano me acompanha, juntamente com outros colegas meus. Ao todo, são 8 anos de relação professora-aluna que não passaram em branco e que se tornam parte de mim.

Em breves palavras, diz-nos o que significa para ti o Colégio de S. Gonçalo.
MC: Tal como já referi, o colégio é e será sempre uma segunda casa para mim. Estes 14 anos serão parte da minha vida e da minha formação profissional e humana. É com muito orgulho que refiro o colégio e com todo o respeito lembrar-me-ei dele quando já tiver muitos anos de idade. Guardo todas as etapas de sucesso e serei uma presença assídua nesta casa, como sinal de agradecimento.

Inquérito - Cursos do Colégio de S. Gonçalo - Resultados


Após uma análise cuidada do resultado dos inquéritos sobre os cursos existentes no nosso Colégio, publicamos, agora, a nossa reflexão sobre os mesmos.

Na primeira afirmação – “O Colégio oferece diversos cursos, facilitando a escolha no início do secundário.” – verificamos que todos os alunos concordam com a mesma.

Já na segunda afirmação – “Os cursos tecnológicos que o Colégio oferece estão direccionados para futuros estudos superiores, mas também para o mercado de trabalho.” – as opiniões começam a divergir. No entanto, a opinião positiva continua a prevalecer.

Na terceira afirmação – “Os cursos do Colégio de S. Gonçalo preparam bem os alunos nas diferentes áreas curriculares.” – as opiniões positivas continuam a existir em maior número do que as negativas, o que é mais um motivo de orgulho para esta instituição.

Na quarta afirmação – “Os cursos tecnológicos do Colégio de S. Gonçalo oferecem uma excelente preparação para a vida de trabalho.” – apesar de existir um certo número de alunos que discordam da frase, a maior parte continua a concordar.

Na quinta afirmação – “Os professores responsáveis pelos cursos trabalham para que no 12º ano, os alunos tenham um local onde possam estagiar e aplicar todas as suas aprendizagens.” – mais de 80% dos alunos concordam com a afirmação enquanto os alunos com opiniões opostas continuam em minoria.

Na ultima afirmação – “O Colégio dispõe de um serviço de orientação vocacional adequado no que diz respeito ao ensino superior.” – verificamos com agrado que a maioria dos alunos, estão satisfeitos com o serviço de orientação vocacional desta instituição.

Em suma, os resultados deste inquérito revelaram-se satisfatórios na medida em que verificamos que os nossos alunos estão, no geral, satisfeito com o que o Colégio tem para oferecer a nível académico.

Inquérito - Infra-Estruturas do Colégio de S. Gonçalo - Resultados


Após colocarmos um inquérito sobre as infra-estruturas do Colégio de S. Gonçalo à turma do 9ºB, publicamos, agora, os resultados do mesmo, juntamente com uma reflexão do nosso grupo.

Na primeira afirmação, “O Colégio possui excelentes infra-estruturas.”, verificámos, com satisfação, que a grande maioria dos alunos (86%), concorda. Apenas 14% dos inquiridos discorda desta afirmação.

Relativamente à segunda afirmação – “As infra-estruturas satisfazem inteiramente as necessidades dos alunos.” – podemos ver que existe uma proximidade entre duas opiniões contrárias: 55% concordam com a afirmação (juntando a opção “Concordo” com “Concordo totalmente”) e 45% discordam. Estes resultados são compreensíveis uma vez que, apesar das infra-estruturas do Colégio serem realmente boas, é claro que seria impossível satisfazer por inteiro as necessidades de 2155 alunos.

Nos resultados da terceira afirmação – “Para a prática de educação física, o Colégio dispõe de infra-estruturas qualificadas.” – vemos que 52% dos alunos concordam com a afirmação, 28% concordam totalmente, 17% discordam e 3% discordam totalmente. Mais uma vez, vemos que as opiniões positivas superam as negativas.

Em relação à quarta afirmação – “Para o bom funcionamento das aulas de teor prático (mecânica, laboratório e salas de informática) o Colégio oferece todas as infra-estruturas necessárias.” – a maioria (80%) concorda, 14% concordam totalmente e os restantes 6% discordam. Mais uma vez ficamos satisfeitos ao verificar que os alunos estão satisfeitos com os materiais de trabalho desta instituição.

Na quinta afirmação – “O bar e a cantina estão totalmente equipados para um bom atendimento a todos os alunos.” – verificamos que os resultados não são muito satisfatórios, uma vez que apenas 31% dos alunos concorda com a afirmação e os restantes 69% discordam.

Por fim, na última afirmação – “A biblioteca e o salão de estudo são espaços calmos e perfeitamente equipados para uma boa sessão de estudo.” – 72% dos alunos concordam, 21% concordam totalmente, 3% discordam e igualmente 3% discordam totalmente. Mais uma vez, as opiniões positivas prevaleceram sobre as negativas.

Em suma, o nosso grupo ficou agradado pelos resultados do inquérito que se revelaram, no geral, positivos para a nossa escola. A maioria dos alunos está satisfeita com as infra-estruturas do Colégio de S. Gonçalo o que deixará, sem dúvida, os nossos directores orgulhosos dos frutos do seu trabalho.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Entrevista a Cláudia Miranda


Apresentamos, agora, uma entrevista realizada a uma ex-aluna e actual Educadora de Infância, Cláudia Miranda.


Há quanto tempo está ligado ao Colégio de S.Gonçalo?
CM: Há 30 anos, desde o 1º ciclo, como profissional há 15 anos.


O que significou para si estudar no Colégio?
CM: Foi um local onde cresci como ser humano, pessoa e cidadão, onde aprendi a distinguir o certo do errado o que me transformou num ser sensível, amigo e preocupado com o próximo.


Que diferenças considera mais significativas entre o Colégio do seu tempo de estudante e o de agora?
CM: O respeito pelos professores, pelo Director e pelas pessoas no geral. E falo não só a nível de alunos, mas também de professores e funcionários.


Considera as regras do regulamento interno actual mais adequadas que as do regulamento anterior? Porquê?
CM: Sim, o sistema de ensino e a sociedade assim o exigem, embora nunca achasse o Colégio do meu tempo nenhuma “prisão” nem com regras demasiado rígidas.


Que aspecto desta instituição lhe agradava mais quando era estudante?
CM: Sermos uma “família” grande, onde todos nos tratavam pelo nome e se cumprimentavam nos corredores. Havia muita amizade entre professores e alunos e ninguém ignorava ninguém.


E o que mais a desagradava?
CM: Algum rigor que por vezes era imposto e que, como qualquer adolescente, não gostei, como as faltas, fumar, etc.


Considera os métodos de ensino, antigo e actual, diferentes? Qual acha o mais adequado?
CM: Ambos têm coisas positivas e negativas, no entanto, segundo me tenho apercebido, parece-me lamentável que o aproveitamento dos alunos hoje, não seja o que poderia ser visto terem recursos que no meu tempo não existiam.


Quais os aspectos mais positivos da sua experiência laboral no Colégio de S.Gonçalo?
CM: A relação com os meus alunos, a amizade que tenho com o meu grupo de trabalho e com os outros elementos da instituição, e a relação de amizade, respeito e carinho com a direcção.

Considera que a educação recebida no Colégio foi crucial para a sua evolução a nível pessoal? Porquê?
CM: Sim, vivi muitas horas com gente muito boa que passou ou ainda permanece nesta instituição e que de alguma forma contribuíram para a formação da minha personalidade.

Qual é a melhor recordação que guarda do Colégio?
CM: Os bons professores que tive e os amigos que ainda hoje preservo do tempo do Colégio.

Biografia e Entrevista a Nuno Gomes - Entrevista

No âmbito do nosso projecto “ O Colégio de São Gonçalo – Ontem e Hoje”, da Área Curricular Não Disciplinar de Área de Projecto, colocámos algumas questões ao jogador de futebol e antigo aluno do Colégio, Nuno Gomes.


Seguem-se agora algumas questões sobre os seus anos de estudante no Colégio de São Gonçalo.



                                                



Com que idade ingressou no Colégio de S. Gonçalo e durante quanto tempo estudou aqui?
NG: Fui para o Colégio de S.Gonçalo com 6 anos para a primeira classe e saí depois do oitavo ano quando tinha 14. Andei 8 anos no Colégio.


Como descreve os anos passados no Colégio de S. Gonçalo?
NG: Foram anos maravilhosos e dos quais tenho muitas saudades.


Qual a melhor recordação que retém dos anos vividos no Colégio? E a pior?
NG: As melhores recordações que tenho, são os passeios de final de ano que tínhamos todos os anos. Além disso, tenho muito boas recordações da maior parte dos professores que tive, da maior parte dos empregados que trabalhavam no Colégio e dos meus colegas de turma. A pior recordação é sem dúvida a menina dos cinco olhos que o Sr. Director Padre Clemente tinha no escritório numa gaveta da secretária dele! Isso ainda existe?? Espero que não! Eheh


Qual o professor que mais o marcou? Porquê?
NG: Foi a Irmã Olímpia, a minha professora de Religião e Moral, porque era uma pessoa que gostava muito de mim, falava muito comigo e me dava muitos conselhos. Marcou-me também o Professor Viana que era meu professor de Educação Física. Era muito exigente e muito bom naquela área.


Considera que a sua passagem pelo Colégio foi importante na construção da sua personalidade?
NG: Foi muito importante pois sempre me transmitiram os valores que eu acredito que estão por trás de uma boa educação. E como passei 8 anos no Colégio numa fase vital da minha infância, considero que foi a experiência adquirida nos meus tempos do Colégio que me permitiu ter bases suficientes para encarar o Mundo complicado que é o futebol.


Foi no Colégio que surgiu a sua paixão pelo futebol?
NG: No Colégio, quase todos os intervalos jogava à bola com os meus amigos e chegamos a fazer alguns torneios entre turmas. A minha paixão pelo futebol nasceu mais ou menos na mesma altura em que entrei para o Colégio.


Em breves palavras, diga-nos o que significa para si o Colégio de São Gonçalo.
NG: O Colégio para mim significa uma fase da minha vida muito bonita, de onde guardo as melhores recordações. Devo ao Colégio muito daquilo que sou hoje, não só profissionalmente mas também como Homem. É um orgulho para mim dizer que fui aluno do Colégio de S.Gonçalo de Amarante.



Cumprimentos a todos,

Nuno Gomes

Biografia e Entrevista a Nuno Gomes - Biografia



Nuno Miguel Soares Pereira Ribeiro, conhecido como Nuno Gomes, nasceu em Amarante, dia 5 de Julho de 1976. É um futebolista português, actualmente na equipa do Sport Lisboa e Benfica e na Selecção Portuguesa de Futebol.


Em 2008, tornou-se no quarto jogador a marcar em 3 Campeonatos Europeus seguidos: Euro 2000, Euro 2004 e Euro 2008.

Actualmente, é o melhor marcador da Selecção Nacional em actividade, com 29 golos em 77 partidas, ocupando o quarto lugar na lista geral, sendo superado por Pauleta (47 golos), Eusébio (41) e Figo (32).

É o 8º jogador mais internacional de sempre com 77 jogos com a camisola da Selecção Portuguesa.

Mudou o seu último nome em homenagem ao seu ídolo de infância Fernando Gomes, antigo jogador do Futebol Clube do Porto.



Carreira

Boavista

Nuno Gomes estreou-se no mundo do futebol pelo Boavista F.C. na época de 94/95 com 18 anos. Marcou 23 golos em 79 jogos nas 3 épocas em que jogou pelo clube até ser transferido para o Benfica. Na época 1996/1997 venceu a Taça de Portugal.

Benfica

A sua estreia no Benfica foi em 1997 onde ficou até 2000. Em 101 jogos marcou 60 golos. O seu sucesso no Euro 2000 fez despertar o interesse de clubes estrangeiros no internacional Português e Nuno Gomes foi transferido em 2000 para o clube Italiano Fiorentina.

Fiorentina

Foi contratado pelo ACF Fiorentina, por um valor de 17 milhões € depois do seu sucesso no Euro 2000. No entanto, o clube italiano passou por dificuldades financeiras, e Nuno Gomes deixou-o dois anos depois. Marcou 11 golos em 55 jogos.

Regresso ao Benfica

Regressou ao Benfica em 2002 mas uma série de lesões fez com que jogasse apenas 70 vezes de 2002 a 2005. Na época 2005/2006 marcou 15 golos na Liga Portuguesa, incluindo um hat-trick contra a União de Leiria fazendo com que terminasse em segundo lugar na lista de melhores marcadores.

Desde a época 2006/2007 a sua titularidade começou a ficar em risco, especialmente depois da contratação de Óscar Cardozo. Mesmo assim, foi escolhido capitão e ainda marcou 9 golos.

Em 2008 atingiu a marca de 150 golos em jogos oficiais pelo Sport Lisboa e Benfica, passando a constar na lista dos 10 melhores marcadores de sempre do clube. É também o 4º melhor marcador de sempre do clube nas competições europeias. Conta com mais de 350 presenças em jogos oficiais pelo clube.

Pelo Sport Lisboa e Benfica, marcou golos em todas as competições em que participou: Campeonato (115), Taça de Portugal (15), Taça Uefa (11), Liga dos Campeões (7), Pré eliminatórias da Liga dos Campeões (4), Supertaça (1) e Taça da Liga (1).

O seu contrato foi renovado por mais 2 anos em Julho de 2009, devendo a sua carreira acabar no Sport Lisboa e Benfica.

Selecção nacional

Nuno Gomes tem alcançado sucesso em todos os escalões da Selecção Portuguesa que já representa desde a selecção nacional sub-15.

Estreou-se na Selecção AA com 19 anos em 1996 num jogo amigável contra a França. Marcou o primeiro golo no jogo de abertura do Euro 2000, contra a Inglaterra num jogo que Portugal recuperou de uma desvantagem de 2 golos para vencer o jogo por 3-2. Terminou a competição com quatro golos depois de Portugal ter sido eliminado pela França nas semi-finais.

Nos jogos de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2002, marcou sete golos em seis jogos, porém na fase final do campeonato só jogou dois jogos como substituto.

No Euro 2004, jogou todos os jogos, marcando o golo vitorioso contra a Espanha levando Portugal para os quartos-de-final.

Entrevista a Irmã Fátima

No âmbito do nosso projecto “ O Colégio de São Gonçalo: Ontem e Hoje”, da Área Curricular Não Disciplinar de Área de Projecto, colocamos algumas questões à Irmã Fátima, ex-docente no nosso Colégio, sobre a sua vivência nesta instituição.




Onde nasceu?
IF: Nos Açores, concretamente na Ilha do Faial.


Durante quantos anos esteve ao serviço do Colégio de São Gonçalo?
IF: 24 anos.


O que a levou a ingressar na Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras?
IF: Um apelo de Deus e um desejo muito grande de praticar o bem, imitando as Irmãs maravilhosas que conheci no Colégio onde estudei.


“Onde houver o bem a fazer que se faça”. Este lema das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras influenciou de alguma forma a sua obra no Colégio de São Gonçalo?
IF: Tanto quanto fui capaz, não me poupei a esforços para desempenhar bem a minha missão, nesse grande espaço, CSG, para onde a Congregação me enviou, em 1977.


Quais os princípios a que obedece a sua Congregação?
IF: A CONFHIC (Congregação das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição) segue, como princípio fundamental, o Carisma da Hospitalidade, expressão da ternura e misericórdia de Deus para com todos, especialmente para com os mais necessitados.


Sente-se realizada enquanto Irmã Franciscana Hospitaleira?
IF: Sim, e muito consciente de que cada um de nós ao fazer uma opção deixa muitas de lado, mesmo sendo boas. Assim, decidimos agarrar aquela que mais nos cativa e fazemos dela o nosso projecto de vida. É nisto que consiste a verdadeira felicidade e eu SOU FELIZ.


O que mais lhe agrada na difícil tarefa que é ensinar?
IF: É quando sinto que alguém (aluno/a) sintoniza comigo, numa ânsia de querer saber sempre mais, e se empenha naquilo que lhe é proposto.


Que disciplinas/áreas curriculares não disciplinares já leccionou?
IF: Leccionei particularmente História e EMRC.Português, Estudo Acompanhado e Formação Cívica também fizeram parte do meu ensino.


Qual a disciplina que mais lhe apraz leccionar?
IF: História.


Que qualidades aprecia em particular nos seus alunos?
IF: A responsabilidade pelo trabalho que lhes é pedido e o respeito pelo ambiente da sala de aula.


Actualmente, desempenha a sua missão no Colégio da Bonança. Descreva-nos o seu quotidiano.
IF: A minha missão no CNSB é menos absorvente do que no CSG, pois sou apenas docente e prefeita junto de um pequeno grupo de internas. Para além disso tenho actividades ligadas à vivência religiosa numa Comunidade de 20 Irmãs.

A sua passagem pelo Colégio de São Gonçalo é recordada por muitos, ainda hoje. Como avalia o trabalho aqui desempenhado?
IF: Já quase respondi a esta questão na pergunta nº.4. Porém, numa escala de 1 a 5, acho que posso ser avaliada pelo nível 4, pois como sou muito exigente, olhando para trás, talvez pudesse ter feito melhor, em algumas circunstâncias.


Que funções desempenhou, no Colégio de São Gonçalo, ao longo dos anos aqui passados?
IF: Fui Professora, Directora de Turma, Prefeita no Internato e Responsável pela Secretaria.


 Acompanhou, a par e passo, o crescimento do Colégio, quer em termos de instalações quer em termos de número de alunos. Descreva-nos essa evolução.
IF: Quando aí cheguei em 1977, o Colégio devia ter à volta de 700 alunos e pouco mais de uma dúzia de professores. Quando saí, em 2001, o número de alunos triplicara e o número de professores ultrapassava a centena. Logicamente, se o número de utentes aumentou, o espaço teve de alargar também. Uma coisa é certa, apesar da tripulação ter aumentado, procurou-se manter sempre um fio condutor, onde a disciplina, o respeito e o trabalho eram palavra de ordem. Esse bom ambiente deve-se, em grande parte, à figura muito presente do Sr. Padre Clemente, ilustre Director.


Monsenhor Manuel Clemente foi, sem dúvida, o grande impulsionador desta instituição de mérito, que é hoje o Colégio de São Gonçalo. Dê-nos a sua opinião acerca do trabalho desenvolvido por este grande vulto da comunidade amarantina.
IF: O Sr. Padre Clemente é um líder inato. Com um pulso firme, mas com muita dedicação e a tempo inteiro, geriu uma grande “nau”, mesmo quando os ventos eram contrários. Esperemos que a “equipe” sucessora seja digna de tão grande Mestre.


Lembre um episódio particularmente marcante aquando da sua estada no Colégio de São Gonçalo.
IF: Em 24 anos passaram-se muitos momentos dignos de registo. Neste momento, saliento a celebração das Bodas de Ouro do CSG.


Foi para si gratificante o trabalho desenvolvido no internato feminino no Colégio de São Gonçalo?
IF: Sim. Combinando exigência e muita compreensão, acompanhei muitos grupos de jovens, sem registar grandes problemas de relacionamento. Muitas delas ainda me saúdam com muito carinho.


Os tempos mudaram. Recorde as dificuldades que sentiu na acção diária enquanto professora no Colégio de São Gonçalo e compare com os dias de hoje.
IF: Não tenho consciência de grandes dificuldades no meu trabalho, como docente, no CSG. Tive sempre alunos brilhantes e alunos apagados. Soube aceitar as diferenças, mas apelei sempre a mais e melhor. Ainda hoje assim faço, embora encontre terreno mais “pedregoso”.


Relativamente ao comportamento dos alunos, considera existirem diferenças significativas em relação aos de ontem?
IF: Sim, em alguns casos pontuais, sobretudo pela falta de ajuda das famílias que são muito permissivas e pela despenalização existente em relação a certos comportamentos, o que os torna mais frequentes, dificultando o bom ambiente que deve ter uma Escola de Sucesso. Em consequência disto, temos docentes mais desmotivados e muitos deles com problemas de saúde, a nível psicológico, e muitos alunos com baixos níveis de aproveitamento.


Foi-nos dito que a Irmã Fátima acompanha os tempos de hoje e é uma pessoa muito atenta à inovação tecnológica. Como inova nas suas aulas de História e Português?
IF: Sempre gostei de continuar a sentir-me aluna e, sendo assim, nunca deixei de aprender tudo o que pudesse facilitar e aperfeiçoar a minha função docente, participando em imensas acções de formação para professores. Nas minhas aulas, procuro diversificar bastante os trabalhos, privilegiando as novas tecnologias. Além do recurso ao computador e quadros interactivos, recorro à dramatização, debates, concursos e visitas de estudo. Tudo isto é muito do agrado dos alunos.


Sente alguma nostalgia ou saudade dos tempos aqui vividos?
IF: Seria uma anormalidade e fraco sinal eu não me lembrar, com saudade, dessa grande Instituição e de muitos daqueles que aí estão ou por aí passaram e que acompanho à distância, com uma prece ou uma saudação amiga pelos seus êxitos.


Gostaríamos que deixasse uma mensagem para: o corpo docente do Colégio de São Gonçalo e ,por último, para os nossos alunos.
IF: Para os docentes, deixo um pensamento de Raoul Follereau “Todo o amor semeado, cedo ou tarde florirá”. Por isso, não desistam da vossa linda missão de educadores; Para os alunos, cito o filósofo, Sócrates, “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”. Meninos e meninas, sem trabalho, pouco mais do que nada se consegue.


Deixe-nos com um pensamento que considere útil ao nosso crescimento pessoal.
IF: Hoje, melhor do que ontem; Amanhã, melhor do que hoje.

Cursos Tecnológicos do Colégio

Curso Tecnológico de Gestão e Dinamização Desportiva


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Matemática B
- Biologia e Geologia ou Economia A ou Física e Química A
- Psicologia A
- Ciências da Vida e do Comportamento Humano
- Fundamento do Treino Desportivo
- Teoria e Prática da Animação Recreativa e Desportiva
- Gestão e Desenvolvimento Desportivo
- Projecto de Aptidão Tecnológica
-Estágio

Curso Tecnológico de Química Industrial e Ambiental


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Matemática B
- Biologia e Geologia ou Economia A
- Ciências e Tecnologias do Ambiente
- Química Tecnológica
- Física e Química A
- Bioquímica e Microbiologia
- Projecto de Aptidão Tecnológica
- Estagio

Curso Tecnológico de Informática


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Matemática B
- Física e Química A ou Geometria Descritiva A ou Economia A
- Utilização de Ferramentas Informáticas
- Estudo das Tecnologias de Informática
- Bases de Programação
- Organização e Tratamento de Dados
- Desenvolvimento de Aplicações Web
- Complementos de Programação
- Técnicas avançadas de Programação
- Projecto de Aptidão Tecnológica
- Estágio


Curso Tecnológico de Informática e Gestão


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Matemática B
- Economia A ou Língua Estrangeira II ou III
- Metodologias de Programação
- Técnicas Contabilísticas
- Sistemas Informáticos e Ferramentas de Produtividade
- Base de Dados
- Aplicações Informáticas Empresariais
- Organização e Gestão Empresarial
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio

Curso Tecnológico de Animação Sociocultural


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Psicologia A
- Historia B ou Geografia A
- Oficina de Expressão e Comunicação
- Educação para a Saúde Publica
- Praticas de Intervenção Social
- Sociologia
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio

Curso Tecnológico de Comunicação, Informação e Multimédia



Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Historia A
- Língua Estrangeira II ou III ou Geografia A ou Matemática Aplicada às Ciências Sociais
- Teoria da Comunicação
- Grafismo de Comunicação
- Aplicações Informáticas e Multimédia
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio


Curso Tecnológico de Contabilidade e Gestão


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Matemática B
- Economia A ou Língua Estrangeira II ou III
- Técnicas Contabilísticas
- Aplicações Informáticas Empresariais
- Calculo Financeiro
- Fiscalidade
- Gestão e Marketing
- Sociologia das Organizações
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio

Curso Tecnológico de Mecânica


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Matemática B
- Física e Química A ou Geometria Descritiva A
- Desenho Técnico de Mecânica
- Práticas Oficinais de Mecânica
- Tecnologias
- Práticas de Mecânica Automóvel
- Técnicas de Produção Mecânica
- Práticas de Manutenção Mecânica
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio

Curso Tecnológico de Design de Comunicação e Multimédia


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- Geometria Descritiva A
- História da Cultura e das Artes ou Matemática B
- Desenho B
- Design de Comunicação e Multimédia
- Informática Aplicada ao Design Gráfico/Multimédia
- Oficina de Design de Comunicação e Multimédia
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio


Curso Tecnológico de Turismo Cultural e Ambiental


Disciplinas:


- Português
- Filosofia
- Língua Estrangeira I e II
- Educação Física
- Educação Moral e Religiosa Católica
- História da Cultura e das Artes
- Língua Estrangeira II ou III ou Geografia A ou Economia A
- Comunicação e Animação Turística
- Técnicas Administrativas e de Gestão Turística
- Ecologia e Educação Ambiental
- Património Cultural e Natural
- Projecto de Aptidão Tecnológico
- Estágio